DODÔ NASCIMENTO - REPORTAGENS DA REVISTA MUITO

Dodô Nascimento: (re)inventor do som


[Fotos da edição digital da Revista Muito, suplemento do jornal A Tarde
Publicado por Tatiana Mendonça - 12 de fevereiro de 2010]




Os Três e Meio

Dodô Nascimento e Osmar Macedo, em diferentes momentos, desde o conjunto "Os Três e Meio" ao moderno Trio Elétrico, com a nova geração de músicos.
(Fotos reproduzidas do acervo pessoal de Aroldo Macedo)
ELÉTRICO DODÔ
Matéria da Revista Muito
Domingo, 14 de fevereiro de 2010
Texto: Tatiana Mendonça
Ilustrações: Cau Gomes
Digitalizado da revista original por
Roberto Luis Castro - Fevereiro, 2010














Revista Muito Dodô Nascimento
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http://issuu.com/revistamuito/docs/_98/21



TRECHO DE ENTREVISTA COM O PESQUISADOR FRED DE GÓES:
[Edição digital da Revista Muito, suplemento do jornal A Tarde

Publicado por Tatiana Mendonça - 18 de fevereiro de 2010]

"O pesquisador Fred Góes, autor dos livros O País do Carnaval Elétrico, de 1982 e 50 Anos de Trio Elétrico, de 2000, conversou com a Muito sobre Dodô e Osmar e falou sobre as mudanças do Carnaval nesses 60 anos. Confira entrevista na íntegra.

Nas pesquisas para o livro 50 anos do trio elétrico o senhor conseguiu identificar quais eram as diferenças mais marcantes de personalidade entre Dodô e Osmar?
Quando escrevi O País do Carnaval Elétrico, publicado pela editora Corrupio em 1982, que foi o primeiro estudo aprofundado sobre o trio elétrico e que se tornou referência, Dodô já havia falecido. Não tive, portanto, relação pessoal com ele como tive com Seu Osmar. Mas pelas inúmeras entrevistas que fiz com as pessoas envolvidas, pude perceber que Dodô era metódico, muito cuidadoso com seu trabalho  (a parte de eletrificação), com a pureza do som. Tanto é verdade que quando Armandinho trouxe os pedais de distorção de som Seu Dodô quase desmaiou e disse para Armando: ‘Puxa! Levei tantos anos pesquisando para apurar a qualidade do som do Trio e você traz de fora essas caixinhas que só servem para botar “areia” no som’. Este exemplo me parece bem  representativo da personalidade de Dodô. Orlando Campos, do Tapajós, em recente entrevista, contou que quando comprou a carroceria que pertencia a Dodô e Osmar, Seu Dodô lhe passou todas as informações necessárias para que ele seguisse com o negócio do Trio Elétrico  durante o período em que os inventores estiveram afastados (década de 60). Isso também revela ser Dodô uma pessoa sem subterfúgios , um sujeito transparente. Osmar, quando falava de Dodô acabava sempre se emocionando. Eram amigos irmãos, compadres. Dodô era do tipo “sangue bom”, “gente de primeira qualidade”.
Havia uma espécie de “divisão de tarefas” entre eles, já que era Dodô quem construía os instrumentos?
Dodô era responsável pela parte de eletrificação, seu Osmar pela parte mecânica, a concepção da carroceria e da parte alegórica e também da parte musical. Osmar era um excelente instrumentista e um compositor refinado.
No livro 50 anos do trio elétrico não há depoimentos de familiares de Dodô. O senhor chegou a conversar com eles?
Estive uma vez na casa de Dodô e conversei com a viuva D. Lili. Ela me contou  das  grandes festas que Dodô  promovia onde se tocava muita música e a alegria reinava. Eram festas em espaço público, perto da casa. Ela também não poupou elogios a Seu Osmar, chamado por ela de “meu compadre”. [...]"
Fonte:
http://revistamuito.atarde.com.br/?p=4323
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Comentários

  1. Roberto, estou adorando seu blog musical. É muuuito bom, muita informação cultural, muita coisa boa. Valeu!!

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  2. Obrigado, Jô.
    Se encontrar algum erro, não hesite em me apontar. Há muitas falhas em qualquer trabalho que lida com tanta informação, e quanto mais pessoas olharem, criticarem, sugerirem, ele se tornará melhor.
    @braços, sucessos!
    Roberto Luis

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