DUPLAS E TRIOS VOCAIS DA BAHIA - OS TINCOÃS



  "A bem da verdade, amigos, não tínhamos qualquer pretensão, qualquer pensamento em criarmos uma estrutura profissionalizante. Éramos jovens, fazíamos música no intuito de mostrar a nossa arte, pelo simples prazer de fazê-la, uma coisa simplesmente amadora.
A gente amava a música romântica vocalizada e buscávamos um aperfeiçoamento através de incessantes ensaios."
Erivaldo Brito 

 
Grinaldo Salustiano dos Santos, Dadinho - crooner, (solista, primeira voz) violão.
Heraldo Bouzas - crooner, segunda voz, maracas.
Erivaldo Souza Brito - terceira voz, tantan.
Mateus  Aleluia Lima, Têca - terceira voz, atabaque.
Morais(*) ...
Getulio Souza, Badú - segunda voz, agogô.

 
INTRODUÇÃO:
Este trabalho ficaria muito mais incompleto não fosse pelas informações coletadas nas publicações online de Erivaldo Souza Brito, cachoeirano e um dos fundadores de Os Tincoãs, atualmente residindo no Rio de Janeiro. São raras as informações biográficas disponíveis sobre o grupo e as postagens de Erivaldo, de certa forma autobiográficas, dão conta de preencher muitas das lacunas existentes na narrativa histórica sobre esse importante conjunto musical que deixou sua marca na música popular do Brasil.

Percebemos em Erivaldo, quando relata a história dos Tincoãs em diversos momentos no seu blog pessoal, um certo protagonismo criativo, uma liderança modesta e construtiva, seguidos de um desprendimento raro, ao se afastar do conjunto por opção pessoal e seguir incentivando, sugerindo, respeitando entretanto as decisões dos continuadores da obra musical que ajudou a tornar realidade.
Nesses depoimentos, Erivaldo refere-se aos demais integrantes de maneira sempre familiar: "o meu compadre Dadinho"... "Heraldo, meu saudoso companheiro de Os Tincoãs"... "Mateus Aleluia, meu amigo Têca"... e assim por diante.
Constatamos, assim, o sentimento amoroso que este artista demonstrou e demonstra sempre a tudo e a todos que envolvem a existência de Os Tincoãs, nome que permaneceu em todas as formações, do qual ele mesmo relata ter sido proponente.
 
CACHOEIRA: AS ORIGENS
Fundada em 1531 e elevada à categoria de cidade em 1873, a vila de Cachoeira representa um ponto geográfico importante, e constitui-se em uma forte referência para a história, a identidade e a cultura baianas. 
Preservando sua identidade cultural ao longo dos anos, os habitantes de Cachoeira não apagaram da memória costumes e traços culturais dos africanos e afrodescendentes que pisaram seu solo, cultivando a diversidade, a riqueza do saber popular, o sincretismo religioso, essa engenhosa maneira encontrada pelo povo negro para, realizando diversas trocas simbólicas, manter vivas suas crenças e formas de expressão. Fortes evidências de continuidade encontram-se, sem dúvida, na música e na linguagem oral característica dos cultos afro-brasileiros.
 
OS PRIMEIROS TINCOÃS
Formado desde o final da década de 1950 e inícios da década de 1960, um grupo musical cachoeirano iria, na década de 1970, promover uma transfiguração da música religiosa afro-brasileira em uma forma nova de arte, incorporando à música popular brasileira um jeito diferente de interpretar cantigas de orixás e sambas de roda, caracterizado pelo uso das harmonias vocais e de um instrumental enxuto, mas eloquente. Partiram  dos caminhos abertos por Assis Valente, Ari Barroso, Caymmi, Baden-Vinicius e outros baluartes da nossa música e prosseguiram, descobrindo e percorrendo novas trilhas. 
O trabalho musical de Os Tincoãs é único,  autoreferenciado. Da influência inicial dos famosos trios vocais que interpretavam canções e boleros, pouco ou nada permaneceu. A música de raiz, o legado musical popular da região do recôncavo baiano seriam a tônica e a dominante na nova linguagem que idealizaram. Dadinho e Mateus Aleluia foram os compositores mais frequentes nas suas gravações, que registram também um número considerável de adaptações de música tradicional elaboradas por eles, incluindo canções coletadas em Angola na última fase do grupo.


Da esquerda para a direita: Dadinho, Heraldo e Erivaldo

PÁSSAROS CANOROS
No início da década de 1960, na cidade baiana de Cachoeira, os jovens Erivaldo, Eraldo e Dadinho formavam mais um trio de vocalistas, entre os muitos que, seguindo a receita do famoso Trio Los Panchos, alimentavam o ideal de cantar, gravar discos, e fazer sucesso no rádio e no cinema. 
Timbau, maracas e um violão constituíam o instrumental de suporte para o trabalho vocal dos rapazes. O nome peculiar dado ao trio, aliás bastante apropriado, foi tomado de empréstimo a uma das tantas espécies de pássaros canoros encontrados no Brasil: Os Tincoãs.
Da esquerda para a direita: Heraldo, Dadinho e Erivaldo
Foto: reprodução/acervo Erivaldo Brito

 
 
 
Filhos de cantores, os três já gorjeavam desde meninos, fosse nos terreiros de candomblé, (Dadinho pertencia à Roça do Ventura) nos bailes, nos corais de igrejas ou mesmo no bar O Sucesso, recanto de propriedade de Dadinho, que ficava na parte térrea do sobradão da Família Arlindo Estrela, bem na esquina entre as ruas Ana Nery e 25 de Junho.

Da esquerda para a direita: Heraldo, Dadinho e Erivaldo
Foto: reprodução/acervo Erivaldo Brito

Dadinho, especialmente, dedicou-se com afinco à carreira de cantor, tendo participado da formação do Trio Caçula, com Didi da Bahiana e Ulisses Damião, (Mião, depois substituído por Wandecock) sempre acompanhado de perto por Erivaldo Brito, o Tincoã que preferiu retornar ao ninho.
Dadinho foi também um dos crooners  da orquestra Porto e seu Conjunto. Observando vídeos de suas performances, percebe-se mais uma de suas habilidades, na qualidade técnica da sua execução do violão, que inicialmente tocava como canhoto.

Em 1960, Os Tincoãs estreavam em programas de televisão, obtendo a primeira classificação no Programa Escada para o Sucesso, realizado pela TV Itapoan, em Salvador. Nessa época, seu repertório era constituído essencialmente de boleros, o gênero mais ouvido na época, inclusive em Cachoeira, no bem frequentado bar O Sucesso.

1960-1963 - FORMAÇÃO INICIAL:  ERIVALDO / HERALDO / DADINHO
Algumas informações e fotos disponibilizadas nas publicações de Erivaldo Brito e Cacau Nascimento em blogs que enfocam a cidade de Cachoeira são valiosas para a reconstituição da história de Os Tincoãs
Cachoeirano, Erivaldo, filho de Ester e de Jessé, foi um dos integrantes da primeira formação do trio, e o primeiro a deixar o conjunto, por opção, dando outro rumo à sua vida pessoal. Podemos identificá-lo através de fotos antigas postadas por ele, com o pequeno tantan (timbau) ao lado de Dadinho (violão) e Heraldo (maracas).
Da esquerda para a direita: Erivaldo, Dadinho e Heraldo
Foto: reprodução/acervo Erivaldo Brito

..."Quando Os Tincoãs foram gravar o seu primeiro disco, - em agosto próximo fazem 50 anos! -, fiz uma escolha pessoal para inclusão de uma música cuja letra havia me tocado. Dadinho preocupava-se tão somente com a beleza melódica, não atinava para o que estava dizendo. O bolero gravado chama-se “Solidão” e diz o seguinte: “Solidão... E isso apenas quer dizer, que o meu ser só, é um só de sem você, que é muito mais só, e bem diferente do só de toda gente quando está só!“ Foi a faixa menos tocada do elepê “Meu Último Bolero” e não saiu qualquer comentário crítico."...
(Erivaldo Brito, 07/07/2011)
[http://jornaloguarany.blogspot.com.br/2011/07/cachoeirabahia_07.html]
 
Nesse trecho, Erivaldo se refere à faixa A-5 do LP, cujo título é "Sem Ninguém", composição de João Leal Brito (Britinho) e Fernando César, que encontramos também no disco: Quiero Que Me Beses - Britinho e Seu Conjunto - Gravadora Continental - Catálogo: LPP 3185 - Ano: 1961.
Os Tincoãs estavam portanto na crista da onda ao gravar em seu LP de estréia uma canção lançada no mesmo ano.

LP Meu Último Bolero
FAIXA 5:
Sem Ninguém
F. Cesar - Britinho
Interpretação: Os Tincoãs


Solidão
E isto apenas quer dizer
Que estou só
Sentindo só doer
Nada sem você
Mata-me um pouquinho
Nesse estar sozinho
No avesso de você

Solidão
Ninguém está tão só porque
Meu ser só
É um só de sem você
Que é muito mais só
E bem diferente
Do só de toda gente
Quando está só

 
1961/1962: LP Meu Último Bolero
 

De Cachoeira para a Baía, (como era chamada então a cidade do Salvador) e em seguida para o Rio de Janeiro. Essa foi a trajetória seguida pelos rapazes até a gravação do seu primeiro LP. O canto em falsete de Dadinho, trançado com os vocais de Heraldo e Erivaldo, seria enriquecido com a brilhante participação dos instrumentistas Waldir Azevedo, (cavaquinho) José Roberto Keller (teclados) e
o percussionista Rubens Bassini.

 

FAIXAS:
LADO A
1. Viagem ao Infinito (Viaggio Nell'Infinito) - Solffici - Malgoni - Luciano Beret - Versão de Almeida Rêgo
2. Meu Último Bolero (Mi Ultimo Bolero) - Chino Hassan - Versão de Carlos Monteiro
3. Lua de Mel em Porto Rico (Luna de Miel en Puerto Rico) - Bobby Capó - Versão de A. Bourget
4. Jurame - Maria Graver - Versão de Oswaldo Santiago
5. Sem Ninguém - F. Cesar - Britinho
6. Tu Me Acostumaste (Tu Me Acostumbraste) -  Frank Dominguez - Versão de Carlos Brandão

LADO B
1. Serenata - Adap. de A. Ribeiro para um tema de Schubert
2. Adeus, Amor - Adap. de Urbano Lôes para um tema de Chopin
3. Amargo Regresso - Julio Jaramillo - Versão de N. Soares
4. Dolores - Jair Amorim
5. Sobre o Arco-Íris (Over the Rainbow) - H. Arlen - Y. Harburg - Versão de Arlindo Marques Jr.
6. Sabe Deus (Sabrá Dios) - Versão de Nely B. Pinto

Ouça aqui as 12 faixas do LP Meu Último Bolero, gravado pelo trio Os Tincoãs em 1961:
 
 
 
MUDANÇA DE RUMO
Mas a fase de ouro dos boleros estava findando. Logo surgiriam novos movimentos musicais e o estilo de repertório praticado pelo trio até então não mais alcançaria o sucesso tão esperado.
Erivaldo, Dadinho e Heraldo: os primeiros Tincoãs
Foto: reprodução/acervo Erivaldo Brito

1963-1975 - SEGUNDA FORMAÇÃO: HERALDO / DADINHO / MATEUS ALELUIA
A partir de 1972, nova investida do grupo, já sem a participação de Erivaldo, que se desligara do grupo desde 1963, permanecendo em Cachoeira. No lugar de Erivaldo, entra Mateus Aleluia Lima. 
Voltavam para o Rio de Janeiro, e introduziam um novo conceito musical, ainda não explorado na música popular brasileira: os arranjos vocais para cantigas provenientes dos rituais religiosos afro-brasileiros e sambas de roda, tão presentes e marcantes na terra de origem dos componentes do conjunto.
De tantan, maracas e violão, Os Tincoãs passam a tocar mais frequentemente com atabaque, agogô e violão.

É outro cachoeirano, amigo do ex-Tincoã Erivaldo, quem conta um pouco do processo de elaboração da nova linguagem musical do trio, que deixava para trás os boleros, bebendo das fontes mais puras e valorizando a cultura musical de raiz:
..."Dona Zuleide da Paixão, conhecida como Ledinha, [Dona Ledinha de Yansã] iyalorixá do terreiro Loba Nekun Filho, localizado no Alto do Monte, arrumava seu tabuleiro de acarajé na esquina do Bar O Sucesso, de Dadinho, onde atualmente funciona o retaurante Rabuni, na Praça 25 de Junho." ...
"Foi nessa época que Mateus Aleluia, Dadinho e Eraldo pesquisavam músicas de candomblé para gravar o LP do Tincoãs, que inseriria a cantiga de orixás em lugar destacado da música popular brasileira. Enquanto comiam acarajés, os três tincoãs cachoeiranos ouviam e gravavam em fitas-cassete D. Ledinha cantar cantigas do candomblé do terreiro de Dona Lira, sua mãe de santo adotiva. "Sou de Nanã, ê uá..." "Deus nos salve, aldeia..."  "Na Beira do mar, salvarei Yemanjá..."  Em 1971, os três meninos foram para o Rio de Janeiro encontrar Adelzon Alves e outros produtores. Gravaram. O Sucesso havia se consolidado. Dali da esquina e junto ao tabuleiro de acarajé de Dona Ledinha, filha de Cabocão do Açougue e de Yansã, os canoros  Tincoãs voariam mundo afora. Para o bem de nossa música. Com as bênçãos de Iyemanjá."
Luiz Cláudio Dias do Nascimento, 21/03/2010
[http://cacaunascimento.blogspot.com.br/2010/03/historia_21.html]

Em 1973 gravam o segundo LP, o antológico Os Tincoãs, produzido por Adelzon Alves. Mateus e Dadinho assinam a maioria das composições, sob a direção musical do maestro Lindolfo Gaya.
 

1973 - LP Os Tincoãs – Odeon SMOFB 3792 - Jangada 036 422476
Dadinho, Heraldo e Mateus na belíssima capa do LP
Os Tincoãs de 1973, sem similar em toda a discografia brasileira.
FAIXAS:
1. Deixa a Gira Girar (Mateus / Dadinho / Heraldo)
2. Yansã Mãe Virgem (Mateus / Dadinho)
3. Sabiá Roxa (Adapt. Mateus / Dadinho / Heraldo)
4. Ogundê (Adapt. Mateus / Dadinho)
5. Na Beira do Mar (Mateus / Dadinho)
6. Raposa e Guará (Adapt. Mateus / Dadinho)
7. Saudação aos Orixás (Mateus / Dadinho)
8. Canto Pra Iemanjá (Mateus / Dadinho)
9. Capela D'Ajuda (Mateus / Dadinho / Heraldo)
10. Obaluaê (Adapt. Mateus / Dadinho / Heraldo)
11. A Força da Jurema (Mateus / Dadinho / Heraldo)
12. Embola Embola (Tradicional / Adapt. Mateus / Dadinho)
 

Texto da contracapa:
"OS TINCOÃS
Capela D'Ajuda já deu o sinal/Quem quiser sambar apareça/É bem ritmado/É um samba quente/E que vai mexendo com a gente.
A partir desse momento, a Virgem Santa do Engenho reúne todo o povo do Recôncavo baiano na sua Capela D'Ajuda, em Cachoeira. Os cantos saem da igreja e dos terreiros de umbanda e candomblé, e explodem nas praças e ruas da cidade saudando à Santa protetora/dos negros escravos do velho Engenho D'Ajuda.
OS TINCOÃS estão chegando, agora, do Recôncavo, trazendo o que há de melhor do nosso afro-brasileiro, muito bem guardado pelos pretos velhos que, pelos ouvidos da memória e da saudade, ainda mantém intactos os cantos da África distante."

ADELZON ALVES

Equipe de produção artístico-fonográfica realizadora deste disco:
Diretor de Produção: Milton Miranda
Diretor Musical: Maestro Gaya
Assistente de Produção: Adelzon Alves
Diretor Técnico: Z. J. Merky
Técnico de Gravação: Nivaldo/Toninho
Técnico de Laboratório: Reny. R. Lippi
Técnico de Remixagem: Jorge Teixeira
Layout: Joselito
 


1975 - TERCEIRA FORMAÇÃO: DADINHO / MATEUS ALELUIA / MORAIS
Em 1975 a morte prematura de Heraldo surpreende os Tincoãs. Eles haviam acabado de gravar a faixa Banzo, para a trilha sonora da novela Escrava Isaura. 
Para manter a formação de trio, entra Morais, que não permaneceu por muito tempo, mas participou do terceiro LP, O Africanto dos Tincoãs, editado em 1975. Logo, Badú será o próximo vocalista incorporado ao grupo, que a essa altura já se tornara um grande sucesso.

1975 - Participação no LP Carnaval 76 - Convocação Geral nº 2

1975 - LP Carnaval 76 – Convocação Geral nº 2 (vários artistas) – Som Livre 403.6080
FAIXA:
Quebra Quebra Guabiraba (Mateus / Dadinho)

1975 - LP O Africanto dos Tincoãs – RCA Camden 107.0220


FAIXAS:
1A. Promessa ao Gantois (Mateus / Dadinho) 
2A. Dora (Dorival Caymmi)
3A. Salmo (Mateus / Dadinho)
4A. Homem Nagô (Mateus / Dadinho)
5A. Canto e Danço Pra Curar (Mateus / Dadinho)
1B. Sereia (Mateus / Dadinho)
2B. Jó (Mateus / Dadinho)
3B. Oxóssi Te Chama (Mateus / Dadinho)
4B. Anita (Mateus / Dadinho)
5B. Ogum Pai (Mateus / Dadinho)

Formação: Mateus e Dadinho
Arranjos e Regência:
Oberdan e João Donato
Coordenação Artística: Adelzon Alves
Músicos: Luiz Roberto no Contrabaixo
 
Texto da contracapa:
"Os cantos afros, religiosos ou não, raiz do nosso queridíssimo samba, continuam bastante desconhecidos em sua fabulosa variedade rítmica e melódica, como matéria prima para a criação musical.
Esse disco traz um dos melhores trabalhos de composição que conheço, feito por MATEUS e DADINHO, tendo como fonte inspiradora os cantos afros.
Mateus e Dadinho, também fundadores juntamente com Heraldo, do trio OS TINCOÃS, são nascidos e criados na cidade de CACHOEIRA, no recôncavo baiano, local onde estão muitas das matrizes dos terreiros de Candomblé da Bahia. Aí estão depositados desde que vieram da África, muitos dos objetos de toque e peças principais desse ritual. Daí o conhecimento, a correção das informações, beleza e espontaneidade do trabalho, porque esta dupla de compositores, neste campo, não precisa fazer pesquisa. Pela vivência, Dadinho e Mateus já são a própria informação.
Detalhes importantes também nesse disco são os arranjos feitos por Oberdan e João Donato. Ouçam, por exemplo, as músicas
Ogum Pai e Promessa ao Gantois, do primeiro e Dora e Oxóssi te Chama, do segundo. E, finalmente, o contrabaixo de Luiz Roberto, que é qualquer coisa de espetacular em se tratando de som e execução."
ADELZON ALVES
 
Ficha Técnica:
Direção Artística:
Carlos Guarany
Coordenação Artística e Direção de Estúdio:
Adelzon Alves
Arranjos e Regências:
Oberdan - 1A, 3A, 4A, 5A, e 5B
João Donato - 2A e 3B
Técnico de Som:
Luiz Carlos T. Reis
Corte:
José Oswaldo Martins
Foto:
Ivan Klingen
Ilustração:
J.C. Ortiz
 
Dadinho com Mateus Aleluia e, ao centro, Badú

Foto: reprodução/acervo Erivaldo Brito
 
1976-1984 - QUARTA FORMAÇÃO: DADINHO / MATEUS ALELUIA / BADÚ
1976 - Compacto Escrava Isaura - Trilha Sonora da Novela da Rede Globo, exibida de 11/10/1976 a 05/02/1977  (Vários artistas) – Som Livre 402.6045

FAIXA:
5. Banzo (Hekel Tavares / Murilo Araújo)
    Intérpretes: Os Tincoãs

1976 - Compacto simples - RCA Victor 101.0329

FAIXAS:
A. Promessa ao Gantois (Mateus / Dadinho)
B. Anita (Mateus / Dadinho)

1976 - LP Fantásticos vol.5 (vários artistas) – RCA Victor 103.0174
FAIXA:
Promessa ao Gantois (Mateus / Dadinho) 

1977  - Cordeiro de Nanã (Mateus / Dadinho) 

1977 - LP Canto de Fé (vários artistas) – Som Livre 409.6021

1977 - LP Levanta Poeira (vários artistas) – Som Livre 403.6133

1977 - Os Tincoãs – RCA Victor 103.0207

FAIXAS:
1. Atabaque, Chora (Matheus / Dadinho)
2. Lamento às Águas (Adpt. Mateus / Dadinho)
3. Canto de Dor (Mateus / Dadinho)
4. Chão da Verdade (Mateus / Dadinho)
5. Romaria (Mateus / Dadinho)
6. Deixa a Baiana Sambar (Louvaim)
7. Canto do Boiadeiro (Adpt. Mateus / Dadinho)
8. Enterro da Iyalorixá (Antônio Carlos Pinto / Jocafi)*
9. Chapeuzinho Vermelho (Mateus / Dadinho)
10. Arrasta a Cadeira (Mateus / Dadinho)
11. Cordeiro de Nanã (Mateus / Dadinho)
12. Acará (Mateus / Dadinho) 
 
 (*) Enterro da Iyalorixá
Saiba mais sobre o que inspirou essa composição, e a sua gravação, aqui:
https://tempomusica.blogspot.com/2012/08/antonio-carlos-e-jocafi.html


Enterro da Iyalorixá
Composição: Antonio Carlos Pinto
Interpretação: Os Tincoãs


Morreu Iyalorixá
Mãe de santo
Do Axé do Opô
Do Opô Afonjá
(bis)
Será foi ebó pra Iyá
Inda ontem fez santo pra Xangô
Hoje segue deixando tristeza
No seu reino que ficou
Foi doença de branco, Xangô falou
Diz alguém do Axé bem informado
Iyalorixá não pega ebó
Senhora tem corpo fechado
Quem terá seu trono de mistério
Quando jogar edilogum Xangô dirá
Chegará outra iyalorixá
Pra mandar, pra dizer, pra reinar (3x)
Orixás velam seu sono
Segue o ritual nagô
E ao som de atabaques
Iyalorixá descansou (3x)

Ô, ô, ô, ô, ô, ô, ô

(Declamado):
Morreu Senhora. Morreu Maria Bibiana do Espírito Santo. Senhora governou durante anos o mundo mágico e complexo do candomblé. Reúnem-se os Obás e os Ogãs para conduzir Senhora à sua última morada. Tem início o ritual nagô. Ouve-se a voz do pai de santo elevar-se em língua Yorubá. O caixão solto no ombro dos obás segue. Três passos pra frente, três passos pra trás (repete, com o coro, acelerando).



1977 - LP Os Pastores da Noite (Otália da Bahia) – Trilha sonora do filme (vários artistas) - RCA Victor 103.0191

1980 - Compacto simples - Atlantic/WEA - BR 10.122
FAIXAS:
A. Embola, Embola (Mateus / Dadinho)
B. Mãe D"Água É Rica (Mateus / Dadinho)

1982 - Participação de Mateus e Dadinho no Festival MPB Shell (março a setembro de 1982 - TV Globo)

Apresentada durante a 2ª rodada eliminatória, a composição Ajagunã, [Oxaguiã] de Mateus e Dadinho, participou da etapa final do Festival MPB Shell, realizada no dia 11 de setembro de 1982, - o que lhes garantiu o direito de terem a música ser incluída no disco oficial com as 24 finalistas.
1982 - LP Festival MPB Shell 82. Vol. 1 - (Vários Intérpretes) Som Livre/SIGLA LP 403.6258
LP oficial do Festival MPB 82 da Rede Globo, incluindo as 24 finalistas (02 volumes).


Lado A
Faixa 5. Ajagunã (Mateus/Dadinho) Os Tincoãs

Ajagunã
Composição: Mateus / Dadinho
Interpretação: Os Tincoãs

 1982 - Compacto simples - RCA Victor - 101.0860
FAIXAS:
A. Ajagunã (Mateus / Dadinho)
B. Chorojô (Mateus / Dadinho)
 1982 - Participação no LP Cósmica, de Baby Consuelo
1982 - LP Cósmica (Baby Consuelo) – WEA
FAIXA:
Aganjú (Charles Negrita / Pepeu Gomes)

1983 - João Nogueira grava a composição Dois, Dois, de Dadinho/Mateus/Clóvis (ou: Gogó/Dadinho/Mateus) no seu LP Bem Transado - RCA Victor 103.0605.

FAIXA:
8. Dois Dois (Dadinho / Mateus / Clóvis)

1983 - Participação de Os Tincoãs no LP Novas Palavras, de Martinho da Vila - RCA Victor 103.0605
FAIXA:
4. Vieram Me Contar (Mateus / Dadinho / Martinho da Vila) Martinho da Vila

Tião Motorista, Martinho da Vila, Aniceto e Os Tincoãs,
no encarte do LP de Martinho da Vila/1983

 Vieram Me Contar 
Composição: Mateus / Dadinho / Martinho da Vila
Interpretação:  Martinho da Vila

 Vieram me contar, o lalá
Que a lua ressurgiu, o lalá
E com seu manto revestiu, o lalá
Toda escuridão do mar
Ai, o lele, lalá

Ah! sonho bom
Vai buscar meu querer
Mas eu sei que o luar
Não é mais de São Jorge, não
Ela não vem
Mas eu sei sublimar
E cantar pro luar
Nas noites de verão
Sonho bom...

Os Tincoãs
Participação Especial

1983 - Participação no LP de Luís Carlos da Vila - Luís Carlos da Vila - RCA Victor 103.0587

FAIXA:
6. Solidão e Gás (Luis Carlos da Vila / Adilson Victor)

1983 - Disco Afro Canto Coral Barroco, com o Coral dos Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro.
Regência: maestro Leonardo Bruno.
Produção Musical: Adelzon Alves.
O disco permaneceria inédito até 2003.
FAIXA:
6. Kei-Yemanjá-Ajagunã (medley)


Trecho da gravação, Faixa 6
(medley Kei Yemanjá/Ajagunã, primeira parte)


(Ouça as 09 faixas do LP Afro Canto Coral Barroco na Playlist mais adiante, nesta mesma postagem).
Agora, Os Tincoãs alçavam seu vôo às distantes terras de Angola, permanecendo por muitos anos naquele país, trilhando uma espécie de caminho inverso das origens afro, um refluxo da influência da música e da diáspora africana presente no seu cantar. Lá, iriam afirmar definitivamente o seu trabalho.
O grande Dadinho faleceria na África e o público brasileiro ouviria com saudade os discos gravados pelo trio cachoeirano.

DA BAHIA PARA ANGOLA
1983 - Os Tincoãs seguem para Luanda, estabelecendo-se em Angola.
1984 - Badú desliga-se do grupo, Mateus e Dadinho permanecem compondo e cantando em dupla.

1985 - Disco pela gravadora CID, gravado no Brasil e lançado em Angola. 

1986 - LP Os Tincoãs – Dadinho e Mateus (Os Tincoãs) – CID 8086

Texto da contracapa, por Adelzon Alves
"Os TINCOÃS, após muitos anos de trabalho levantando os cantos africanos originais, preservados no Recôncavo da Bahia, desde os primórdios da escravidão, finalmente foram à Angola, onde o trabalho que realizam teve uma grande repercussão, perante o povo e intelectualidade.
Os angolanos, seu país, suas lutas etc., levaram Os TINCOÃS, (Dadinho e Mateus) a criarem esse trabalho, que mais uma vez depois de tantos e tantos outros exemplos, como o nosso samba e tudo de nossa maravilhosa cultura negra, é uma prova inequívoca dos profundos laços e sentimentos que nos unem aos nossos irmãos da África, no passado, no presente e no futuro."
Adelzon Alves

FAIXAS:
1. Luanda Ê "Lembrança Feliz" (Mateus / Dadinho)
2. Angola Vamos Cantar (Mateus / Dadinho)
3. África Blue (Mateus / Dadinho)
4. Quem Vem Lá (Mateus / Dadinho)
5. Flor do Campo (José Reis)
6. Vovó Clementina (Mateus / Dadinho)
7. Rio QG do Samba  (Mateus / Dadinho)
8. Muxima (Tradicional) Música tradicional angolana
9. Cachoeira - Bahia Lisboa (Mateus / Dadinho)
10. Namíbia (Mateus / Dadinho) 
11. Sou Eu Bahia (Mateus / Dadinho)
12. Oia Lá Muié (José Ramos)
Produção e direção artística: Adelzon Alves
Arranjos e Regência: Os Tincoãs, Fernando Pereira e Julinho Teixeira
Violão acústico: Dadinho
Cavaquinho: Carlinhos
... solo: Valmar

2000 - Com a morte de Dadinho, se encerra o ciclo das produções, gravações e apresentações musicais em conjunto. Mas não seria o fim da saga de Os Tincoãs. Mateus Aleluia ainda tem muitas histórias para contar.

2003 - Lançado o disco Afro Canto Coral Barroco, com o Coral dos Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro, gravado desde 1983.

Ouça aqui as 9 faixas do LP Afro Canto Coral Barroco, gravado pelos Tincoãs  com o Coral dos Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro:
 

FAIXAS:
1. Lamento às Águas/Obaluayê

2. Oyá Pepé
3. Salmo
4. Cequecê
5. Misericórdia
6. Kei Yemanjá/Ajagunã
7. Pelebé Nitobé
8. Ogum Dê
9. Cequecê
 
2022 - 18 de janeiro: Erivaldo Brito é mais um Tincoã a alçar seu vôo de despedida.
 
2023 - Relançamento do disco Afro Canto Coral Barroco.
 
Dadinho, Mateus e Badú

 
 
 
(Play list 2023)

1. Ajagunã
2. Oiá Pepê Oiá Bá
3. Misericórdia
4. Key Iemanjá
5. Obaluaê
6. Cequecê
7. Ogundê
8. Pelebé Nitobé
9. Salmo
10. Lamento às águas 
 
Canto Coral Afrobrasileiro
℗ 2023 SANZALA CULTURAL
Released on: 2023-04-20
Producer: Adelzon Alves
Mastering: Tadeu Mascarenhas
Executive  Producer: Tenille Bezerra
Percussion: Pedro Sorongo
Associated  Performer: GRINALDO SALUSTIANO DOS SANTOS
Associated  Performer: Mateus Aleluia
Associated  Performer: GETULIO DE SOUZA
Composer: GRINALDO SALUSTIANO DOS SANTOS
Composer: Mateus Aleluia
Lyricist: Mateus Aleluia
Lyricist: GRINALDO SALUSTIANO DOS SANTOS
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OS TINCOÃS - TODOS OS COMPONENTES
1960-1963
Formação inicial:  Erivaldo / Heraldo / Dadinho
1963-1975
Segunda formação: Heraldo / Dadinho / Mateus Aleluia
1975
Terceira formação: Dadinho / Mateus Aleluia / Morais
1976-1984
Quarta formação: Dadinho / Mateus Aleluia / Badú

OS TINCOÃS - DISCOGRAFIA
1973 - LP Os Tincoãs – Odeon
1975 - LP Carnaval 76 – Convocação Geral nº 2 (vários artistas) – Som Livre
1975 - LP O Africanto dos Tincoãs – RCA Candem   
1976 - LP Fantásticos vol.5 (vários artistas) – RCA Victor –
1976 - LP Escrava Isaura - Trilha Sonora da Novela da Rede Globo (Vários artistas) – Som Livre
1976 - Compacto simples Promessa ao Gantois/Anita - RCA Victor
1977 - LP Os Pastores da Noite (Otália da Bahia) – Trilha sonora do filme (vários artistas)
1977 - LP Canto de fé (vários artistas) – Som Livre
1977 - LP Levanta poeira (vários artistas) – Som Livre
1977 - Os Tincoãs – RCA Victor
1980 - Compacto simples Embola, embola/Mãe d'água é rica - Atlantic/WEA
1982 - LP MPB SHELL 82 vol. 1 (vários artistas)- Som Livre
1982 - LP Cósmica (Baby Consuelo) – WEA
1982 - Compacto simples Ajagunã/Chorojô - RCA Victor
1983 - LP Luís Carlos da Vila (Luís Carlos da Vila) - RCA Victor
1986 - LP Os Tincoãs – Dadinho e Mateus (Os Tincoãs) – CID
 
Agradecimento especial a Erivaldo Souza Brito por manter viva a história de Os Tincoãs através de suas crônicas tão ricas em detalhes particularíssimos que só mesmo quem viveu e acompanhou de perto essa saga poderia revelar.

REFERÊNCIAS:
https://jornaldeontemhojeesempre.blogspot.com/
http://cacaunascimento.blogspot.com.br/search?q=os+tinco%C3%A3s
http://jornaloguarany.blogspot.com.br/2011/07/cachoeirabahia_07.html
http://www.luizamerico.com.br/fundamentais-tincoas.php
http://www.posafro.ufba.br/_ARQ/dissertacao_mariabarbarafalcon.pdf
http://www.youtube.com/itamarbonfim1
http://www.youtube.com/watch?v=EoHV_V9lv-c
http://oesquema.com.br/ronaldoevangelista/tag/os-tincoas

http://acervotambor.blogspot.com.br/search/label/Os%20Tincoas
http://www.acervoorigens.com/2011/01/os-tincoas-07012011.html

http://www.mail-archive.com/tribuna@samba-choro.com.br/msg01866.html
http://muzamusica.blogspot.com.br/2011/02/saudosas-bolachas-251973.html
http://cidadesaopaulo.olx.com.br/os-tincoas-compacto-vinil-445-012-iid-127162753
http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Os+Tinco%C3%A3s&ltr=o&id_perso=4077http://www.onordeste.com/administrador/personalidades/imagemPersonalidade/2bbf4879bfe066e0ab5d62543b0f0d85174.jpg 
 
Material publicado originalmente neste blog em 02 de agosto de 2012, a partir de elaboração do autor e de pesquisas realizadas principalmente na internet, constituídas de coletas de depoimentos e arquivos de imagens, áudio e vídeo cujas fontes são mencionadas e detalhadas. Eventuais cópias de trechos e compartilhamento do conteúdo da publicação são permitidos, desde que citando a fonte e a data de acesso.
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Comentários

  1. Parabéns pelo disco MEU ÚLTIMO BOLERO, o melhor disco de boleros que já ouvi. Se possível disponibiliza ele para download, e desde já muito obrigado!

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    1. Obrigado pelo comentário. Infelizmente, não temos como disponibilizar os áudios a não ser da forma como estão apresentados no blog.

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  2. Sou fã dos Tincoãs, tive oportunidade de conhecer Mateus aqui em Porto Alegre em 2011. Sua matéria está ótima, obrigado!

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  3. Voce presta um inestimável serviço à recuperação da cultura negra brasileira. obrigado

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  4. Boa noite!
    Onde poderia encontrar o LP Afro Canto Coral Barroco?

    Abços

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    1. Vick: antes de mais nada, obrigado pela sua participação. Os arquivos em mp3 que você pode ouvir nesta postagem foram obtidos na internet. Não tenho conhecimento de onde encontrar o LP Afro Canto Coral Barroco, a menos que seja feito um contato com alguém do Coral dos Correios e Telégrafos do Rio de Janeiro. Afora isso, apenas os bons sebos de discos vinil seriam a opção. Caso tenha mais informações, postarei aqui, sim? Abraços!

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    2. Roberto, você não tem como disponibilizar o Afro Canto Coral Barroco pra download? É quase impossível de achar e não está disponível em nenhum outro site. Com os arquivos assim embedados o Divshare não deixa baixar. Obrigado de antemão.

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    3. Paulo,
      obrigado pelo comentário.
      O que ocorre se você configura o Divshare para permitir o download, é que em pouco tempo seu limite é ultrapassado e ele deixa de disponibilizar os arquivos até mesmo para escuta. Envie seu e-mail e verei o que posso fazer para lhe atender nesse caso. Abraços!

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    4. Eu uso o programa http://www.dvdvideosoft.com/pt/products/dvd/Free-YouTube-to-MP3-Converter.htm, para extrair o arquivo MP3.

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  5. grande Roberto.
    que maravilha essa tua postagem!
    amo tincoas e me amarrei em ouvir o LP de boleros - bem como o raríssimo coral barroco.
    tbm faço corrente pra liberar os downloads - ao menos me passar o perfil divshare pra ripar o link de cada faixa...
    enfim... isso é maravilhoso demais pra ficar só na internet....

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    1. "Eu Ovo" é um blog fantástico. Por favor, clique no meu perfil e me envie um e-mail, conversaremos mais detalhadamente.
      Abraços!

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    2. Obrigada Roberto Luis Castro! Só ficaria mais feliz se pudesse ter essa maravilha no meu mp4. rs

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  6. Sempre fui fã deste afinadíssimo grupo vocal, que infelizmente não teve o devido crédito. Parabéns pelo post.

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  7. Obrigado de coraçåo por fazer esse trabalho com muito amor e respeito!
    sou neto de DADINHO,sou musico e estou te agradecendo por toda a minha familia e amigos! grato mesmo!

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  8. Adorei o seu trabalho sobre Os Tincoãs, Roberto. Eu via fotos e lia coisas esparsas sobre Os Tincoãs, e ficava sem entender justamente sobre a formação do grupo. Agora está tudo esclarecido. Obrigado

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  9. Alguém conseguiu o Afro Canto Coral Barroco? Roberto eu vou em Cachoeira em janeiro conhecer onde surgiu Os Tincoãs! Você já foi lá? Tem dicas?

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  10. Olá, obrigado pela participação. Estive em Cachoeira somente na década de 1980, depois disso, só de passagem. Acredito que as melhores dicas estão embutidas no próprio texto da postagem, como lugares e personagens mencionados e que vale a pena descobrir como estão na atualidade. Muita coisa se transformou desde então, mas a memória dos Tincoãs sempre estará presente e viva não só em Cachoeira como na Bahia, no Brasil e no mundo. Muito de mistério também cerca a história do Grupo, em suas diversas formações.

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